Como fazer marketing pessoal sem parecer arrogante?

Como fazer marketing pessoal sem parecer arrogante?


Fazer um bom marketing pessoal já é uma tarefa difícil por si só. Mas o desafio se torna maior ainda se você tem medo de parecer vaidoso.

A questão é, antes de tudo, cultural. Segundo a coach Marie Josette Brauer, do Innovation Coaching Center, o brasileiro tende a ver com maus olhos quem valoriza as suas próprias competências.

''Para fugir do rótulo de 'convencido', é comum que o profissional assuma uma postura excessivamente humilde, como se o sucesso fosse algo feio'', afirma.

No entanto, é perfeitamente possível fazer marketing pessoal sem criar uma aura de prepotência.

Para começar, é preciso entender que a prática não tem nada a ver com exibicionismo, ensina o consultor norte-americano William Arruda, autor do livro ''Career Distinction: stand out by building your brand''.

''Muita gente pensa que marketing pessoal significa bater no próprio peito e dizer 'vejam como eu sou bom'. Na verdade, não se trata de dizer às pessoas que você é competente, mas mostrar isso a elas'', diz ele.

Profissionais vistos como arrogantes são, justamente, os menos habilidosos quando o assunto é construir uma imagem favorável no mercado, afirma Marie Josette.

Afinal, construir uma boa reputação profissional depende de autoconhecimento e autenticidade – duas características que faltam a quem se enxerga (e se vende) como ''bom em tudo''.


Confira também: 7 Passos para sempre causar uma boa primeira impressão


Da fala à ação

Desfeitos os mitos sobre o assunto, é preciso pensar em formas de construir a sua reputação de forma equilibrada e elegante.

O primeiro passo é fazer um exercício de reflexão para identificar os seus pontos fortes e fracos. ''Só depois de uma autoanálise profunda é que você saberá o que pode e o que não pode vender para os outros'', explica Marie Josette.

Em seguida, é preciso planejar formas concretas de divulgar as suas competências. Para Arruda, a melhor forma de fazer isso é colocar o seu talento a serviço de outras pessoas, isto é, ajudá-las a resolver problemas.

''Mais do que falar de si mesmo, o importante é dar evidências do que você é capaz de fazer'', afirma.

Outro instrumento poderoso é o que o especialista norte-americano chama de ''liderança de ideias'' – a capacidade de informar, esclarecer e influenciar outros profissionais da sua rede de contatos.

Para tanto, você pode escrever artigos em blog, gravar vídeos ou até fazer comentários sobre notícias de forma a mostrar seu conhecimento sobre um determinado assunto, diz Arruda.

Propaganda enganosa

Ainda assim, é preciso tomar cuidado para não exagerar na dose. Segundo Marie Josette, muitos profissionais se excedem na hora de apresentar seus conhecimentos e talentos – principalmente na internet.

''Muita gente usa as redes sociais para engrandecer suas próprias qualidades e divulgar 'propagandas enganosas' sobre si mesmas. Isso não é marketing pessoal, porque não é autêntico e nem sustentável'', diz ela.

Quando o assunto é internet, aliás, todo cuidado é pouco. Segundo Arruda, a reputação online de um profissional está se tornando mais importante do que a sua reputação offline.

''As pessoas estão pesquisando o seu nome no Google antes mesmo de conhecer você pessoalmente. Por isso, é preciso construir uma imagem digital que seja positiva, mas também coerente com a realidade'', diz o especialista.





Mais lidas da semana 🔥

Dicas de segurança para as férias

Mulher que lutava contra câncer morre um dia após ter gêmeos

Mãe mostra momento de sofrimento do filho de 10 anos com câncer

Mulher inventa 'sistema', e marido escreve livro só com o piscar dos olhos

Rotina profissional: Organizar para otimizar

Veja como aumentar sua criatividade

Mãe descobre que namorado é pedófilo após fazer pesquisa na internet

Material mais duro que o diamante é criado em laboratório